Ouro? não. verde esmeralda, por favor.
Se você pensou que já tinha visto de tudo, espere até conhecer a esmeralda que pesa como um elefante de estimação e brilha como se tivesse tomado sol o ano todo. Encontrada na Bahia, essa enorme canga de 241 quilos foi avaliada em US$ 374 milhões — algo em torno de R$ 2 bilhões — e agora está trancada em um bunker em São Paulo enquanto aguarda o leilão. A vida de pedra de luxo não é fácil: escolta, ficha técnica e nenhuma festa de inauguração (ainda).
O que é uma "canga" e por que todo mundo está olhando para um pedaço de xisto?
Para os não iniciados: uma canga é um bloco grande de rocha que contém cristais de esmeralda — pense numa caixinha da natureza com bônus brilhantes. Este exemplar tem numerosos cristais hexagonais prismáticos distribuídos no xisto, segundo o laudo do gemólogo Norman Michael Rodi, graduado pelo GIA.
O laudo descreve: "Apresenta cores consistentemente na região do verde esmeralda modificado por um tom azulado. O verde é realçado pela presença contrastante do xisto escuro e quartzo" — ou seja: nativamente chique.
Onde ela está agora? Em um bunker com ar-condicionado, guardas e drama
A esmeralda foi encontrada em agosto na Serra da Carnaíba, no norte da Bahia, mas atualmente está guardada em São Paulo, sob forte esquema de segurança — sim, com bunker mesmo. Pense em cofre de banco que virou museu particular temporário.
O leilão está sendo realizado pela Positivo Leilões e foi aberto em 18 de setembro. O lance mínimo? R$ 105 milhões. Por enquanto, ninguém apertou o botão vermelho (ou o botão "fazer oferta").
Quanto vale e por que tão discrepante entre preço de avaliação e lance mínimo?
O valor de mercado estimado em US$ 374 milhões (≈ R$ 2 bilhões) refere-se ao potencial da canga — ou seja, se cortar e lapidar todo o material aproveitável. O lance mínimo do leilão (R$ 105 milhões) é um ponto de partida comercial: é o preço pelo qual o vendedor aceita iniciar a negociação. Em outras palavras, é como colocar uma Ferrari à venda por um preço desejado, mas aceitar ofertas.
Economia rápida: para onde vai o dinheiro?
Se alguém desembolsar R$ 105 milhões (ou mais), boa parte do valor vai para o proprietário — no caso, a Agropecuária Vale Rico Ltda — e haverá custos adicionais: taxas do leiloeiro, impostos e transporte hiper-seguro. Além disso, cortar e lapidar pode revelar mais (ou menos) gemas aproveitáveis — o que explica o salto no valor estimado.
Curiosidades que valem ouro — ou quase isso
- 241 quilos: é mais fácil levar para um sítio com trator do que no porta-malas do carro.
- Encontrada em agosto: a natureza não marca horário, mas caprichou.
- Laudo do GIA: sinal de credibilidade e de que a pedra não era só boa em selfies.
- Lance mínimo de R$ 105 milhões: para quem tem a carteira pesada (e o seguro mais pesado ainda).
Quem poderia comprar uma esmeralda tão grande?
Investidores, colecionadores, museus ou empreendedores com visão: imagine um hotel boutique fazendo recepção com um pedacinho dessa canga em destaque — marketing instantâneo. Também há empresas do setor de joalheria ou investidores que preferem commodities raras em vez de ações voláteis.
O problema (ou charme) de comprar algo tão bruto
Compradores precisam decidir: manter a canga inteira como peça de exibição ou fragmentá-la para obter várias gemas de alta qualidade. Cada opção tem riscos — e possibilidades de virar manchete.
Conclusão — um leilão digno de roteiro
Enquanto o cronômetro corre até 28 de outubro e o botão "ofertar" espera por um clique decisivo, essa esmeralda gigante segue guardada em São Paulo com mais seguranças do que muitos cofres. Se você tem R$ 105 milhões sobrando no bolso (ou conhece alguém que tenha), talvez seja a hora de pensar em decoração com exagero — e em uma ótima história para contar no jantar.
Resumo: Uma canga de esmeralda de 241 quilos, descoberta na Serra da Carnaíba (BA) e avaliada em cerca de R$ 2 bilhões, está em um bunker em São Paulo aguardando leilão — com lance mínimo de R$ 105 milhões. Nem precisa dizer que segurança e suspense são dignos de filme.
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Fonte: informações da Positivo Leilões e laudo do gemólogo Norman Michael Rodi (GIA). Imagens meramente ilustrativas — substitua os URLs pelas imagens escolhidas antes de publicar.